O aumento e a disseminação de microrganismos resistentes a antimicrobianos representam uma preocupação mundial, tanto na medicina humana como na veterinária. Na Europa e nos EUA, os subcomitês de Medicina Veterinária são uma realidade tanto no CLSI quanto no EUCAST. No Brasil, apesar da grande preocupação com a resistência a antimicrobianos nos animais de companhia e produção e suas implicações em saúde pública ainda há pouca informação epidemiológica sobre os microrganismos que circulam fora do ambiente hospitalar.
Os métodos dos testes de sensibilidade variam muito de acordo com o país e os critérios adotados por cada laboratório. Na medicina veterinária, a ausência de pontos de corte e métodos padronizados diminuem a possibilidade dos médicos veterinários prescreverem antimicrobianos racionalmente, pois não há como determinar se uma estirpe bacteriana é clinicamente resistente ou não. Assim, diante do cenário atual brasileiro, e a necessidade de se padronizar os métodos utilizados para avaliar o perfil de susceptibilidade de microrganismos isolados de animais e ambientes relacionados, o BrCASTvet surge com a missão de promover, estimular e desenvolver métodos e conhecimento relacionado ao perfil de susceptibilidade dos microrganismos que circulam entre os animais.
Abaixo seguem os objetivos específicos do BrCASTvet:
1. Padronizar os métodos utilizados para determinação do perfil de susceptibilidade e estabelecer padrões mínimos de controle de qualidade para laboratórios veterinários de microbiologia;
2. Determinar os pontos de corte epidemiológicos para os antimicrobianos exclusivos da medicina veterinária;
3. Propor estratégias para o controle de infecções na medicina veterinária;
4. Promover o uso racional de antimicrobianos na medicina veterinária;
5. Incentivar a criação de uma Rede Nacional de Referência para a vigilância de agentes bacterianos com potencial zoonótico e para detectar precocemente agentes infecciosos novos onde os animais sejam sentinelas de doença humana;
6. Promover fóruns de discussão para veterinários que trabalhem nas áreas de microbiologia, investigação, saúde pública e animal, incluindo organizações públicas e privadas;
7. Promover o conceito ‘One-Health’, facilitando a colaboração conjunta em investigação e formação entre microbiologistas médicos e veterinários dentro de áreas de interesses comuns;
8. Promover ações destinadas ao conhecimento e notificação de doenças zoonóticas negligenciadas (subdiagnosticadas).
Coordenadores:
Suinocultura:
Organismos Aquáticos:
Pequenos animais:
Microbiologia clínica:
Dra. Luciene Andrade da Rocha Minarine
Universidade Federal de São Paulo
E-mail: Luciene.minarini@unifesp.br
Apoiadores Regionais
RIO DE JANEIRO
Dra. Miliane Moreira Soares de Souza
Universidade Federal do Rio de Janeiro
E-mail: milianemss@gmail.com
BAHIA
MATO GROSSO DO SUL
Dra. Juliana Arena Galhardo
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
E-mail: juliana.galhardo@ufms.br